Diante de mim o teu corpo
belo firme quase nu
com cheiro de mar e de amor.
Diante dele o meu querer o meu desejo
intenso inteiro integral indescritível
de tocar cheirar sentir
O teu corpo de homem de amigo e amante
Desejo...
Essa brasa essa chama esse lume
esse fogo esse forno essa caldeira
Ah, esse amor que arde incendeia
esse corpo essa fornalha essa fogueira
essa alma essa queimada que se alastra
em labareda me envolvo a noite inteira
Ah, essa paixão que me acende me inflama
me consome e me transforma e quase nos mata de prazer.
Soberba mulher que me domina
Prende-me na sua teia de atracção
Provocando calafrios de emoção
No seu porte de fêmea tão felina
Espelho da tua fúria feminina
Conquista-me subtil e majestosa
Como manjar, linda e apetitosa
Delícia que conquista e atrai
Em ti a minha resistência esvai
Rendido na prisão maravilhosa.
Eram 6h da tarde, a chuva caía e tudo me fazia lembrar de ti!.
Um relâmpago clareou o meu quarto e fez-me lembrar dos teus lindos olhos.
Fui ate a janela e vi os pingos de chuva a correr sobre as ruas, assim como as lágrimas corriam sobre a minha face.
Deitei-me e cheguei à conclusão de que teria de te esquecer. Mas Como? Com que forças? Perguntas que só tu poderias responder-me... O telefone tocou, fui atender.
A voz era idêntica à tua. Eu tremia. Que pena! Não eras tu! Era engano meu. Senti a necessidade de sair e deixar a chuva cair sobre o meu rosto. Andei muito.
Der repente, vi-te com outra!! Acenas-te eu já não tinha mais forças para caminhar.
Agora a chuva já se misturava com as minhas lágrimas pois eu sofria muito em ver-te com outra bem ali na minha frente..
Tive vontade de me jogar debaixo de um carro e assim fiz! Estendida no chão, vi muitas pessoas ao meu redor.
E vi-te também a ti, correndo para me ver morrer.
As últimas e mais bonitas palavras que eu queria ouvir, tu não me tinhas dito..
Vi que choravas.- Por que fizeste isso?
E agora, o que vai ser de mim sem ti?
Amo-te dizes-me tu!!!
Era tarde demais para dizer isso, mas de qualquer forma, só me resta agradecer por me teres feito feliz ao menos uma vez na vida:
Na hora da minha morte
(Obg Rui)
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....
O.B
. Desejo
. Delírio