Navegadora solitária,
Que para dobrares
Tal cabo,
Adamastor terás de enfrentar.
E a chuva,
Nunca pára!
Mar inquieto,
Em teus desenhos
O medo
Em teus gritos,
Fantasmas.
E o vento,
Nunca pára!
Agua sentida, salgada, revolvida
Agua em que buscas a identidade perdida.
De rota incerta
Mas intencionalmente dirigida,
O mostro revelasse,
O monstro aparece.
Negro como fumo,
Impregnado de vivencias.
E as feridas
Navegadora,
Frente a ele
Estão expostas.
Paira o silêncio,
Na extensão do monstro.
O tempo,
Parou!
Entre instantes,
Entre momentos,
Faz de ti uma heroína,
Senhora e dona de ti,
Recupera a morada
Que te habita no peito.
Patrícia da Vaza Santos 27/12/2009