Não há coisas úteis ou inúteis: a medida do seu valor está em nós
É tão vasto o silêncio da noite
É tão despovoado
Ele é vazio e sem promessas
Tenta-se em vão disfarçar para não ouvi-lo,
Pensar depressa para disfarçá-lo.
Silêncio tão grande que o desespero tem pudor
É um silêncio que não dorme: é insone e imóvel
Mas este silêncio não deixa provas
Ele é silencioso sem lembranças de palavras
Mas este primeiro silêncio ainda não é o silêncio
Existe o silêncio dos dias continuados
Silêncio sem fuga que me leva a ti
Onde qualquer fuga é inútil..
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