Olham-se e não precisam de palavras...
Lentamente fecha-se a porta do quarto.Só a janela está aberta.
O cortinado balança embalado por uma doce aragem, balança e mais parece um bailado.
Na penumbra calma, as velas espalhadas pelo quarto permite-lhes observar todos os detalhes: O banho de espuma que ele lhe preparou.
As almofadas espalhadas pelo chão. O balde de gelo onde repousa a garrafa do tal vinho fantástico que ambos gostam. O som suave da música que ele escolheu para ela. A cama feita com lençóis de cetim verde. (A cor que ela mais gosta a preferida), que lhe traz o desejo de deitar-se sobre ela, sentir a macia leveza do tecido na sua pele.
A imaginação voa…
Olham-se nos olhos vêem desejo e não é fruto de nenhuma imaginação,ansiosos... desejosos …
Será um encontro fora do mundo real..
Juntos, o mesmo querer o mesmo desejo e a mesma emoção a ser vivida de forma intensa e real.
Os olhares prescindem de palavras.
Os corpos têm linguagem própria, desejo, amor, e sobretudo cumplicidade.
Abraçam-se fortemente, as mãos percorrem caminhos já conhecidos. As bocas traçam estradas de fogo, sentindo o palpitar de cada coração, e, avidamente as bocas juntam-se num beijo apaixonado e ousado cheio de desejo por aquela intimidade esperada.
A respiração agora alterada ofegante. As mãos conhecedoras vão aos poucos explorando cada recanto com prazer um caminho que conhecem de cor.
Dois corpos em um só unido num abraço. Envolvendo-se em beijos ardentes. Mãos maliciosas que exploram com ternura sensibilidade e desejo.
Entre quatro paredes, a entrega é feita por inteiro. Revelam-se segredos, trocam-se cumplicidades, matam-se desejos, fazem-se juras de amor eterno… no calor da paixão..
Sussurros, gritos e gemidos, explodindo em êxtase e prazer .
Saciados, cansados....Permanecem na cama abraçados.
Ela pensa no bilhete que ele lhe deixou ma mesa-de-cabeceira antes de sair:
""Compra uma lingerie nova. Veste um vestido que nunca vi. Põe-te bonita e vai ter comigo hoje a noite ao (…)""
Sorriu e com o coração sossegado, a alma adormece feliz!
A lua que espreitava pela janela foi a unica testemunha..
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