Hoje acordei cedo e abri a janela.
Sinto um frio estranho que se chama inquietação
Uma brisa graciosa, toca-me a face.
Brincou nos meus cabelos, depois aquietou-se.
O meu olhar sereno e triste denunciou-me
Era uma brisa diferente de todas as outras, que eu já conhecia.
Sinto a minha pele a ser beijada
Envolvo-me em cada beijo recebido
Beijos atrevidos, beijos molhados, lambidos, desinibidos
Será que foi só uma brisa, ou um momento real?
No ar sinto um perfume que exalava magia.
Uma leve fragrância presa não meus sentidos
Um perfume, ou uma doce quimera?
Devaneio? Ou realidade?
Atiro beijos que me são devolvidos...transfigurados
Invadindo o meu espaço
Aquele que ninguém invade e nem ousa invadir
A brisa dança na convencionalidade do tempo
Projecta-me na natureza acariciando-me
Estou acordada...
Ou num sono alterado em sonhos acelerados
Ah! Brisa danada...
Olho à minha volta
Lençóis amassados, roupa pelo chão...
Devaneio? Ou realidade?
Eu não sei dizer!
Mas tudo parecia tão real.
Ilusão? Imaginação?
Tudo tem uma razão!!!
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